June 28, 2006





















pedaços


carregas a ausência dos pés afogados em aves apagadas na demanda do mar
na margem da luz extinta, convidas o dia encoberto para acordar
enquanto o oceano brada o ruído das asas
sentas.te
choras as sílabas por dizer, absorto na inocência dos meninos que constroem castelos de areia

e na manta de ondas, festejamos o dia do mar
tanta gente sem sal…

June 12, 2006












deixa passar o vento…
ele carrega os silêncios que acumulas no bolso…

grita na copa das árvores as promessas escorridas do horizonte áspero…
floresta vigilante

sacode do corpo os ninhos onde brotam os letreiros de luto e mortificação das asas

tortura-me os ouvidos com a agitação do vento…

June 11, 2006

as asas queimadas confundem-se com as pétalas de fogo em que se transformaram as tuas palavras…
a cinza que lambo é nuvem de fumo sem cheiro de pólen
Porque queimas a planície?

June 07, 2006



entorpeço o corpo absorto na dormência das palavras...

June 01, 2006
















dia 15 nas bancas...