July 26, 2006



















este blog termina aqui...
obrigado a todos os que por aqui passaram e beberam dos desabafos deste canibal do sal...
vento novo há.de soprar das minhas pálpebras...

July 20, 2006

















percurso


um dia destes corres como cuspo vagaroso
desçendo montanhas
rasgando vales nas minhas costas

no interregno da respiração, sorris como nenúfares esmagados pela ansiedade do abraço...
no sopro da raiz das asas, as arvores transportam o meu sémen em carris levantados pelo vento, oculto em galerias flutuantes

na barreira do desconhecido, a tua pele é o sal da demasia...

July 11, 2006

Por razões estranhas ao autor a obra " um cão que vagueia por uma cidade sem postes" só estará disponível nas bancas a partir do próximo mês de Setembro.
No entanto, ao autor já foram distribuídos 100 exemplares...assim os interessados na compra do livro, podem contactar-me através do meu e.mail (albukerkevaz@gmail.com) ou fazer a encomenda directamente à editora " doimpensavel-projecto de atitudes culturais"

June 28, 2006





















pedaços


carregas a ausência dos pés afogados em aves apagadas na demanda do mar
na margem da luz extinta, convidas o dia encoberto para acordar
enquanto o oceano brada o ruído das asas
sentas.te
choras as sílabas por dizer, absorto na inocência dos meninos que constroem castelos de areia

e na manta de ondas, festejamos o dia do mar
tanta gente sem sal…

June 12, 2006












deixa passar o vento…
ele carrega os silêncios que acumulas no bolso…

grita na copa das árvores as promessas escorridas do horizonte áspero…
floresta vigilante

sacode do corpo os ninhos onde brotam os letreiros de luto e mortificação das asas

tortura-me os ouvidos com a agitação do vento…

June 11, 2006

as asas queimadas confundem-se com as pétalas de fogo em que se transformaram as tuas palavras…
a cinza que lambo é nuvem de fumo sem cheiro de pólen
Porque queimas a planície?

June 07, 2006



entorpeço o corpo absorto na dormência das palavras...

June 01, 2006
















dia 15 nas bancas...

May 28, 2006

















procuro na janela dos teus olhos um jardim gasto
percorrido pela cólera
onde o horizonte seja decalcado do teu nariz e o caule das borboletas a ponte para ti...

na evasão étera do horizonte de pólen
perduram os olhos nas petalas que fecham com a ausência de luz, no declínio do ocaso da tua boca

hoje que respiramos da mesma boca, partilhando as mesmas asas, purgamos a língua
amamentando as aves
delineando o rasto de vento
lambendo as raízes dos passos das flores voadoras

(já não gosto de ti...
amo-te...)

May 03, 2006

















sou espantalho de vento...
entretenho.me a afugentar as árvores dos pássaros

impeço o hiato entre as raizes e as asas...

April 10, 2006


quem alimenta quem? anuncia.se mais uma cidade no ponto de partida dos abraços...
que faisca de luz nos ilumina o ocaso decadente e faz ver os olhos um do outro, na ausencia dos corpos, mergulhados na erosão da cegueira que tarda em chegar...
é bom dormir, com ou sem ti... só precisamos de abrir a boca para aparar a chuva dos nossos encontros, tatuados nas nuvens que nos carregam de cidade em cidade...

March 20, 2006

















abraça.me no suicidio do vento...


March 16, 2006


hoje...pela manha... quando acordas.te tinhas um bilhete feito de luz enrrolado nos reflexos da almofada...ainda sorris com os pormenores da história " o regresso das asas " ...

com os lençois quentes do teu abraço, libertas a mão tatuada na minha, por um segundo...
as ondas que moram nos teus olhos arrastaram o meu olhar para para o espelho e lês a mensagem de sal:

"...um dia, quando a minha memória de homem fugitivo alcançar a idade de um deserto, debruçar.me.ei sob um poço, e tentarei beber a imagem esqueçida do teu rosto..."

bom dia...
vou lamber.te as mãos...

March 11, 2006

hoje apeteçe.me lamber.te a lingua...

March 08, 2006



















i love you

March 07, 2006



















canibal do sal...lambedor de corpos afogados no mar...
continuo tatuado com os teus olhos nas costas...

nego as asas da minha voz...


March 06, 2006

"... lareira de mar com fumo de pássaros ..."


foi assim que te escrevi quando cheguei a casa...deculpa por continuar a precisar do teu abraço de ondas e beber do sopro das tuas pálpebras...

March 03, 2006

fui esculpido em favos de mel por abelhas sem abrigo...

March 02, 2006


ruiva...com sardas...

February 25, 2006

















...respirei-te nas balas de oxigénio trocadas na ultima batalha dos corpos...

February 23, 2006


sim eu sei...tenho andado desaparecido...eis a explicação: vou publicar um livro. assinei contrato com a "do impensavél - projecto de atitudes culturais" , propietária das edições quasi, amores perfeitos e magnólia e ando sem tempo para nada.

em principio sairá dentro de 2 meses, e esta é a capa.
vai chamar.se "um cão que vagueia por uma cidade sem postes".

deixo um poema para ficarem com água na boca.
espero que gostem.
nada disto seria possivél sem a dor de coração que ainda hoje me assola e o apoio dos amigos verdadeiros.
um abraço especial para o tonix (autor da capa), tito, cavaco e sandra.
para ti nao preciso de dizer nada...já sabes o que sinto.



crepúsculo de pálpebras desejadas


quase amanhece…
fixo um ponto invisível por entre as rugas da parede, local onde moram os carregadores do piano de palavras e faíscas de sombra…
absorto, inclino-me na cama,
escrevo-te tendo a certeza de que ninguém será capaz de roubar os sapatos que carrego na direcção das tuas costas…

se quiseres, vem dormir perto de mim antes que trema o
corpo no frio da tua ausência…

lá fora, as Avenidas de mortalhas permanecem vazias…
cheias, correm sem destino, sem ti
os eléctricos já passam e os carris anunciam a tua chegada ao ponto de partida dos barcos,
as aves inquietas…

tira a corda com que me amarras a perna…
arrasta-me na asa da tua sombra enquanto te percorro a
estrada de pele…


February 20, 2006


ainda te sinto escorrer pela minha pele...

February 16, 2006

Trilho de pegadas invisiveis...

February 15, 2006

Volta para o meu porto...

February 13, 2006

São e salvos...

February 12, 2006

Janela de uma alma distorcida...
Á espera da morte...

February 09, 2006


Hoje apetece.me plantar uma árvore...

As árvores são mulheres?


February 07, 2006


"...descobri que calço o mesmo número de sapatos que a morte..."

Al Berto

February 02, 2006















Não há nada meu...eu sou do mundo, quem quiser vem e tira a sua fatia, comam-me felizes.
Mas deixem a cereja para os pássaros, tu gostas de passáros.

Pedro Albuquerque Vaz

January 31, 2006















Vou contar.te um segredo...
Prometes que nao contas a ninguém?
Prometes?

...as árvores crescem para baixo...

xiuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu...não digas a ninguém...para não descobrirem que há frutos e folhas vermelhas debaixo da terra...é segredo...só nós sabemos...


January 29, 2006

Há dias em que por mais que caminhemos os carris nos transportam para um destino certo...e como dói o som agudo dos carris, por nao ser esse o caminho que queremos percorrer...
Os pés sangram na busca do atalho dos espelhos...e quando descobrimos que a estrada de ferro desenhada na calçada nos leva na direcção da luz...choramos... porque o que às vezes procuramos é sombra...sombra de luz...apenas reflexos molhados da saliva dos dias dsejados...

January 28, 2006















Há dias em que o céu está tão revolto que apetece deixar.me levar pelo vento frio em direcção às nuvens cinzas...depois...quando flutuar de mão dada com a nuvem prometida, descer com as gotas de chuva e alimentar todas as árvores que fui plantando, lamber as suas raizes, avermelhar as suas folhas e esperar que os frutos não sejam doces...
A que sabe a minha lingua?sabe a borboletas...dizem.me...

January 27, 2006
















Hoje levantamos voo...vamos esconder.nos na linha de mar onde se perde a luz do crepusculo, para amanha abrimos as pétalas de novo e voltarmos a semear o nosso pólen de sal...espero que chovas...
Ansiosamente...

January 26, 2006


Eu avisei.te...

January 25, 2006

January 24, 2006


"...Como andam as tuas pálpebras?..." perguntam.me...
Sem guerras...respondo. "...Com destroços?..." voltam a perguntar...
A época é de incertezas, dúvidas...é natural...
È tudo novo...
Branco...
E eu, que guardo os lápis de cera no bolso, ainda não decidi como vou pintar o meu caderno de desenhos novo...como vou distribuir as cores...
Ajudas-me?

January 23, 2006















Ainda estão quentes os lençóis...
O nosso cheiro povoa o quarto...lambe.mes a lingua...chovem palavras dos poemas que colámos no tecto...como sabes bem...
Abre a janela...deixa.me respirar...
De ti...

January 20, 2006


tu...que me ensinas.te a parar de respirar...

gosto da maneira como me olhas...
me aqueçes e fazes florir...

January 19, 2006


abraça.me...só...
não digas nada...

























Por vezes...um dedo na areia da praia desenha o mundo inteiro...sem lhe chegar a tocar...até que a onda chegue e volte a desenhar tudo de novo...

Abre.me a porta...
por favor!!!!!!!deixa.me sair...
não vês os meus olhos tristes?
deixa...deixa!!!!
vem.me buscar pela mão...leva.me a passear no teu olhar....
compra.me uma trela nova...invisivel...

January 18, 2006














Olhos nos olhos...as raizes das árvores lambem o teu chão quando abres a boca...olhos nos olhos...
Parece que tens pólen na ponta dos dedos...e fazes crescer flores quando me dás a tua mão...